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terça-feira, 20 de setembro de 2011

O "APARADOR DE GRAMA" (CRÔNICA)



 
      Todo mundo vai ao centro diariamente: estudantes, trabalhadores, donas de casa, criança e por ai vai. Uns vão de carros, motos, mas a grande massa popular, usa mesmo, o “latão” apelido dado aqui aos  ônibus velhos, pois novo é mais raro. Sem carro como estou  no momento, por um lado é ruim, tudo longe, o ponto de parada então...Haja pernas para dar conta de chegar até lá! Mais de um quilômetro para qualquer lado que eu me dirija.. Por outro lado, me fascina, observo, coisas que não interessam a maioria das pessoas. Faço questão de ficar do lado da janela e alterno toda vez que vou à cidade.

           Um dia desse saí, o tempo estava meio duvidoso, ameaçava sair o sol, ao mesmo tempo chuviscava e estava frio.Na estrada de areia clara, que costumo fazer o meu trajeto diário ,deparei com uns “quero-queros” tentando avançar em mim. Na hora não pensei o por quê dessa agressão, assim  sem mais nem menos. Depois encontrei um casal que me alertou, “Era por causa de um ninho deles que estava cheio de filhotes”...Então era isso! Segui em frente. Olhei como de costume a paisagem, os quintais floridos, dei de cara com um belo cavalo, morava mesmo no quintal, e ele comendo grama, percebi que ela estava toda aparadinha, parecia que tinha sido passado um cortador, mas na real, depois pensei...Esse cavalo é um cortador natural de grama!, Nada desperdiçava....Queria um desse cortador.

sábado, 3 de setembro de 2011

O rodo na era dos descátaveis

 
É inacreditável  essa história do rodo, na época que nós estamos, na maioria das vezes nada nasceu, criou-se para durar, mesmos os artigos de primeira linha, o caros, os baratos...

Quando não é descartável, nem tudo é duradouro. Eletrodomésticos,eletrônicos, carros, motos etc,tem prazo de validade, o tal “anos de vida”. Necessita de peças para reposição. Não seria diferente, como poderia manter  as dividas fábricas das peças?

No ano de 2000, exatamente no mês de agosto, Bel conheceu  Dinah tornou-se logo boas amigas, uma passou a visitar a casa da outra com freqüência, já que eram muito sozinhas, a família que tinha cada uma, final de semana debandava. Restava mesmo era a cada semana, arrumar a mochila, atravessar a cidade do leste ao sul ir passar sábado e domingo com a novata amiga.

A Bel começou a perceber o exagero de limpeza por parte da Dinah, não achou muito ruim dela se oferecer para fazer uma limpeza no banheiro, bem no primeiro dia que se conheceram, muito pelo contrário, mesmo apesar de está limpo.. A Dinah perguntou a Bel aonde havia um mercado, pois queria comprar algumas coisas, a Bel não achou necessário, já que havia quase de tudo em casa. Mesmo assim Dinah insistiu tanto que a Bel acabou ensinando à ela. Bel ficou em casa  fazendo algumas arrumações .

 Haja Dinah demorar. Bel  preocupada  correu ao portão, viu ela vindo toda carregada de sacolas, Bel deu-lhe umas broncas pelo exageros das compras. No meio daquelas compras um  RODO aparentemente comum, nada de especial, nem ele mesmo sabia  da sua durabilidade.

Passou-se anos e mais anos....Cada uma das amigas mudou-se para cidades diferentes, o rodo que ficou de “herança” para Bel, em total resistência; a água, limpeza, chuva, sol, umidade, mudanças de casas, de estado e ele firme, forte como uma rocha.

Qual seria o segredo? Até quando durará? Que nem euzinha!!!

 ...Muitos onze anos de vida!
   (Dora Duarte)
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