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domingo, 26 de maio de 2013

"A Esperança é a Útima que Morre"(releitura)


                          


                                (Releitura de um conto (autor desconhecido)

Um fazendeiro tinha um jumento muito bom, trabalhador, dedicado aos afazeres rotineiro da fazenda. Era um exímio servidor ao seu senhor.Um bom carregador de lenha, sacas de farinha, de feijão...Tudo dentro do que era possível , nas redondezas, onde camioneta não tinha acesso,o animal carregava.

Certo dia, pela manhã  bem cedo, o dono o procurou pelo pasto  e não o encontrou. Ficou desesperado, o chamou pelo nome e nada. Na busca desesperada, sem muito resultado, mandou os seus peões o procurar minuciosamente. Cada um seguiu uma direção diferente.

Lá por volta do meio dia, sol à pino, um dos peões o achou caído dentro de um poço profundo, desativado sem água. Logo correu para dar a notícia ao seu patrão, que foi imediatamente ao local do acontecido....Olhou para dentro do poço, ficou muito triste, por mais que pensasse numa solução de tirar o jumento lá de dentro, era quase impossível, pois era muito profundo e o  animal dele poderia está com as pernas quebradas e não aguentar, seus empregados não tinham como descer e nem subir com ele. Então com muita tristeza resolveu deixá-lo lá, mas antes mandou jogar terra para aterrá-lo, o sacrificando para não sofrer tanto com a morte.

Quando todos foram embora, o jumento que presenciara tudo, por amor ao seu dono e a sua vida, contrariando o que pensavam sobre ele, começou a amassar a terra caída e bolos de barro que caía da ribanceira a amassar, amassar pacientemente, lutou muito. Conforme foi amassando, ele foi aterrando o poço, contudo ia subindo de  tal forma que chegou a superfície, onde enxergou o horizonte são e salvo, apenas alguns arranhões.

O inacreditável aconteceu....

sábado, 11 de maio de 2013

A velha Cadeira


                                 

imagens emprestada do google



Estava ela ali bem diante dos meus olhos, aquela velha cadeira próximo ao um rádio moderno, que me remeteu aos anos 60. Muitas lembranças vieram visitar minha mente em raios de segundos. Parece que estou vendo o meu velho pai sentado nela, a velha cadeira de balanço, ao lado do rádio (o bem mais precioso da casa), fumando seu cigarro de palha e ouvindo as últimas notícias sobre o golpe militar (Revolução 1964) no famoso programa “A Hora do Brasil”. Quando fecho os olhos parece que ainda ouço aquela clássica música “O guarani” do autor Carlos Gomes.

As Notícias corriam mascaradas sobre o que acontecia no nosso país. Na hora que surgia uma voz que dizia: ”edição extraordinária”, lá em casa ninguém abria o bico, para ele ouvir melhor. Era repressão lá em Brasília e lá em casa também. Nem ao menos um dos membros da família tinha o direito de perguntar o que estava acontecendo. Só fiquei sabendo as causas após anos, claro, nos livros didáticos e nem todos revelaram a verdadeira história “mascarada” como foi a primeira vez noticiada. 

Um dia, porém, surpreendi minha mãe sentada naquela cadeira de balanço num dos momentos raros, chuleando um vestido, novamente cantando aquela velha cantiga de guerra, que falava de uma carta dum soldado atingido e nas últimas para morrer, escreveu a sua mãe e namorada, fiquei chocada. Despertou-me uma curiosidade, interrompi o canto dela e perguntei se a guerra  tinha acontecido na nossa pátria, nunca tinha ouvido falar. Da primeira vez ela não me respondeu, mas decerto o meu pai havia comentado, pois naquele dia me respondeu pausadamente: ”Não, no Paraguai, mas o ilustre desconhecido era um soldado brasileiro”.

Hoje ao ver o contraste, rádio velho, poltrona nova, rádio novo, cadeira velha, como peça de decoração, fico imaginado... Quantas histórias vividas têm por trás destes objetos!

                 Dora Duarte
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