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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Imprevistos de viagem( crônica de aeroporto))

           

                                      
         Indo a São Paulo a passeio, como de costume comecei dias antes a planejar tudo para não sair nada errado, mas não foi bem assim. Pelo contrário, quanto mais pensamos assim, parece que tem um ímã, uma lei que comanda puxa e repuxo para acontecer o inverso Por mais que tentamos, acaba dando tudo errado.
       Veja os fatos: aconteceu naquele dia 25 de abril de 2008... Já que havia dormido de véspera na casa de minha amiga, porque  levei a minha cadelinha para ficar lá, a pedido dela, onde eu já trabalhava provisoriamente três dias na semana há alguns meses.
       No dia seguinte, por falta de opção aceitei carona do genro dela até o aeroporto. Saída da casa dela estava prevista para 11:30, ele antecipou para 10:00.
 Tive que correr com as tarefas caseiras: corro para o banho, toca o telefone, corro para lavar a louça, novamente toca o telefone, nesse “alô”, é amiga recomendando para deixar o fax ligado e com papeis suficientes caso alguém ligasse para enviar nota fiscal. Corro para enxaguar os copos ensaboados, esqueço do fax, isto tudo sem passar base nas unhas já que deixei por último, para as elas chegarem bonitas em São Paulo e viajar com unhas nuas e feio! Detalhe( pintava elas, em ocasião de festa, como quase não ia em nenhuma, elas ficavam assim despidas de esmalte)

      Precisava fazer comunicação com minha família de lá, pelo MSN, para ver quem iria me buscar no aeroporto.  O computador amanheceu todo desconectado, sem internet e eu não sabia o “segredo” onde conectar, sozinha, já que a amiga tinha saído cedo e me deixado com autonomia de fazer o que me fosse necessário. E... Haja imprevisto!
    A blusa uni sex branca de seda (era a mais nova que eu  tinha) que eu ganhei numa sacola cheia de roupas usadas que ela me deu,  queria usar, não podia sair com ela, já que o doador era o moço que iria me dar carona, envergonhada, não usei, levei para trocar no aeroporto. Detalhe: fui com uma camiseta “batida e surrada”, pois a mala já estava bem fechada e não quis mexer. Levava junto a base de unha, assim mesmo emprestada.Ô situação, foi um ano de maior crise financeira em minha vida, mas nada eh vergonhoso pra mim, se o que eu estava fazendo era um trabalho honesto, o único que consegui as pressas.

      Finalmente ele o genro dela me deixa no aeroporto, 2:00h antes do voo. Fiz um lanche, mas o cansaço, a correria era a tanto, quedou muitos cochilos , despacho a mala com bastante antecedência , vou ao toalete, troco de blusa, a feia pela a fina e bonita e fico à espera do chamado, passo escondida a base nas unhas. Afinal tinha que chegar bonita, já que a passagem de avião foi cortesia do meu sobrinho e esposa, para que eu participasse do segundo aniversário do filho deles, Pedro, meu sobrinho neto.
Tudo pronto, ouço o chamado, embarco.De Florianópolis à São  Paulo , voo durante o dia. não passa de 1 hora.
     Lindo dia de sol e eu de olho naquele lindo panorama, admirando todo o litoral catarinense, paranaense e por último a Baixada Santista. Quando está chegando lá, a aeronave toma o rumo de volta e nem avisa. Fico apreensiva sem saber o que estava acontecendo, Já tinha viajado muito de avião, nos bons tempos da minha vida, nunca havia passado por algo parecido.
 Começo a suar frio, vendo lá embaixo, o aeroporto de Congonhas, e nada da aeronave pousar, faz meia volta, logo avisto a rodovia dos Imigrantes, novamente Santos e agonia tomando conta de mim. No meu ver, aqueles minutos foram  transformados numa eternidade.S'o me faltava essa, ele cair de imprevisto naquela hora, ora essa!  Finalmente a tortura acaba. Nunca foi tão bom pousar em chão paulista. Ufa!
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